Lesão Ligamento Cruzado Anterior: especialista explica quais os sintomas e como tratar

Compartilhar em:

A prática esportiva atualmente vem crescendo em todas as faixas etárias, devido à ampla divulgação que o esporte proporciona para saúde. Mas em alguns casos, como nos chamados “atletas de final de semana”, a ideia de proteção e prevenção de riscos a saúde pode não ser tão verdadeira, pois quando a atividade esportiva é realizada sem o devido preparo, aumenta a possibilidade de lesões e entre elas está a lesão do ligamento cruzado anterior (LCA). Esta lesão além de atingir os atletas de fim de semana, está presente em atletas de alto rendimento.

Segundo Dr. Rafael Olivio Martins, Ligamento Cruzado Anterior é uma tira fibrosa e resistente situada entre o fêmur e a tíbia e sua estrutura é responsável por estabilizar principalmente o deslizamento antero posterior entre esses dois ossos.

O especialista explica que a lesão no LCA acontece quando a atividade esportiva exige aceleração, desaceleração e movimento de rotação do joelho. E com isso ocorre a entorse, ocasionando a ruptura ou o estiramento do Ligamento Cruzado Anterior, sendo comum um estalido audível, seguido de dor forte, inchaço e incapacidade do joelho.

“Após a lesão inicial os sintomas de dor e edema (inchaço) regridem em alguns dias, enquanto o principal problema na evolução crônica será falseio (sensação do joelho sair do lugar) que caracteriza a instabilidade, responsável por uma maior sobrecarga articular, ocasionando piora das lesões meniscais e condrais, levando ao desgaste do joelho até chegar à artrose”, diz.

Entre as práticas esportivas que a lesão é predominante está o futebol. Outros esportes que podem ser relacionados são: vôlei, basquete, tênis e lutas. Dr. Rafael acrescenta que o acidente motociclistico também pode resultar em lesão do LCA

O diagnóstico é realizado através do exame físico e para confirmação e auxílio na avaliação de leões associadas como meniscais e condrais são solicitados exames por imagem, como a Ressonância Magnética que é referência pela precisão.

Confirmado o diagnóstico inicia-se o tratamento que em razão da instabilidade indica-se cirurgia para recuperar a estabilidade do joelho. “É realizado por vídeo artroscopia, necessitando do uso de enxerto e de parafusos para a sua fixação”, afirma.

Após a cirurgia, a fisioterapia será concentrada primeiramente na recuperação dos movimentos da articulação e dos músculos ao redor dela. Depois, será seguida por um programa de fortalecimento elaborado para proteger o novo ligamento. A fase final da reabilitação é dirigida ao retorno funcional, determinada conforme a rotina de cada paciente.

Dr. Rafael explica que a prevenção da lesão pode ser feita realizando fortalecimento e alongamento da musculatura do joelho, condicionamento gradativo para a atividade esportiva, calçados adequados que propiciem melhor apoio, adaptados para cada tipo de pisada e a prática esportiva.

Se você se identificou com a sintomatologia abordadas nesta matéria agende uma consulta com o especialista.