Esclerose sistêmica na juventude: Saiba como conviver com a doença

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Juventude, época de descobertas, namoros, sonhos, erros e acertos. Em meio a muitas mudanças do corpo e dúvidas em como agir em certos momentos é muito difícil aceitar uma doença, principalmente uma doença autoimune como a esclerose sistêmica. Depois de receber o diagnóstico todos se perguntam, o que vai acontecer?

De acordo com o Reumatologista da Ortoimagem, Dr. Glauco Schmitt, a Esclerose sistêmica é uma doença autoimune, o que significa que o sistema imunológico ataca o próprio organismo.

Existem dois tipos principais de esclerose sistêmica, as localizadas (esclerodermia) que afetam principalmente a pele de mãos, face e tronco, dando um aspecto de envelhecimento precoce, e mudanças frequentes da coloração dos dedos com o frio. As formas sistêmicas, por sua vez, também atacam os órgãos.

Dr. Glauco explica que os primeiros sintomas da doença são os danos cutâneos, que são caracterizados por espessamento e aderência aos planos profundos da pele. Depois surge o acometimento visceral, que ocorre em graus variáveis, afetando predominantemente os pulmões, o trato gastrointestinal (TGI), o coração e eventualmente os rins.

A Reumatologista Dra. Clarissa Sousa, que faz parte da equipe de Reumatologia da Ortoimagem, acrescenta que a evolução da doença é muito variável e lenta. Em geral, começa gradualmente e vai-se agravando ao longo dos anos, estabilizando depois. “Ás vezes pode evoluir mais rapidamente. A sua gravidade e consequências são também extremamente variáveis” diz.

O diagnóstico baseia-se em dados clínicos e laboratoriais. O exame clinico é fundamental para avaliar se existem sinais de deposição de colágeno na pele ou alterações da circulação. Entre os exames de sangue é feita a pesquisa e dosamento de certos anticorpos que são muito específicos.

A Reumatologista explica que não existe cura, mas isso não impede o paciente de levar uma vida normal. Os cuidados devem ser mais atentos quando a doença afeta outros órgãos do paciente que não são a pele. Quando isso acontece, o processo de tratamento deve ser ainda mais cauteloso.

Algumas medidas podem ser tomadas para ajudar a conviver melhor com os sintomas da Esclerose Sistêmica, como: manter-se ativo, pois o exercício físico melhora a circulação e alivia a rigidez muscular; gerencie a azia evitando alimentos ácidos e refeições exageradas, principalmente, proteja-se do frio.

 “A participação efetiva da família no seguimento da doença habitualmente gera uma melhor evolução e ganha qualidade de vida. Seja como apoio, discussão ou uma implementação das mudanças de comportamento, complementando o acompanhamento realizado com seu reumatologista”, recomenda a equipe de reumatologia.

Se você se identificou com os sintomas, agende uma consulta com um Reumatologista.