Capsulite adesiva: uma dor que precisa de tratamento adequado

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Se você vem sentindo, há alguns dias, uma dor aguda no ombro, tem dificuldade de movimentar o braço, seja para pentear os cabelos, colocar a carteira no bolso e além disso a dor se intensifica durante a noite, é importante consultar com um ortopedista, pois estes podem ser sinais de Capsulite Adesiva, mais conhecido como ombro congelado.

Segundo o Ortopedista e Traumatologista Dr. Rafael Olivio Martins a Capsulite Adesiva se caracteriza por limitação dos movimentos e intensa dor no ombro, que pode durar meses até anos.

A patologia inicia-se com uma leve dor e perda progressiva da mobilidade ativa e passiva da articulação glenoumeral. “Pode existir uma combinação de fatores para o desenvolvimento da patologia como um pequeno trauma ou esforço repetitivo, diabetes mellitus e alterações hormonais. Mas a Capsulite Adesiva pode ocorrer sem nenhuma causa aparente e em alguns casos com evolução espontânea para a cura”, diz.

Dr. Rafael explica que a patologia desenvolve em três diferentes fases com características distintas. A primeira conhecida como a Hiperálgica, quando ocorre mobilidade dolorosa e perda rápida da amplitude de movimento da articulação, com duração de dois a nove meses. A segunda fase é do congelamento, onde acorre dor com menor intensidade, embora persistente, com ombro rígido e duração aproximada de 12 meses. A terceira e última fase, com uma duração variável, em que o movimento do ombro melhora progressivamente, com a resolução da doença podendo ocorrer uma perda final de 15-20% dos movimentos.

O diagnóstico da Capsulite Adesiva é realizado por meio da história clínica do paciente, do exame físico e de exames de imagem, principalmente o de ressonância magnética que pode ajudar a excluir outras doenças, confirmando assim o diagnóstico.

O tratamento é definido conforme o estágio em que se encontra a patologia. A fase inicial requer o controle da dor. Nas fases mais avançadas, a recuperação do movimento torna-se o principal objetivo.

Em alguns casos indica-se bloqueios seriados, semanais, do nervo supraescapular, injeções de anestésico local no ombro, na região que passa o nervo.

A fisioterapia e a hidroterapia também são indicadas, para o controle da dor e a recuperação do movimento.

De acordo com o Ortopedista se não houver um resultado satisfatório com o tratamento conservador, pode – se realizar cirurgia por artroscopia para as liberações necessárias, principalmente da capsula articular, isto depende do perfil da doença, do estágio da patologia e da gravidade de cada caso.